A raça angus é exemplo de qualidade na produção de carne. É reconhecida por consumidores e autoridades do setor, além de atender as exigências dos mercados interno e externo.

Os animais se destacam por reunir um grande número de características que asseguram bom resultado econômico ao produtor.

A pouco mais de 100 quilômetros de São Paulo, fica um grande criatório da raça angus. Em 330 hectares são criadas mais de 750 cabeças. A Fazenda FSL Angus Itu, com critérios rigorosos na seleção, busca a eficiência produtiva.

Rezes homogêneas, férteis e com as principais características que atendem o mercado.

– A qualidade da carne é extremamente importante e ela se destaca das outras raças nessa característica. Estamos procurando marcadores moleculares para outras características que a gente não consegue detectar através da ultrassonografia, como maciez, por exemplo. Esse é o trabalho que a gente faz na seleção – explica o veterinário responsável da fazenda, Dan Ariel Szmaruk.

O foco da fazenda está na produção de animais para seleção genética. Todo o trabalho é feito somente com estação de monta.

Para isso são usadas 60 doadoras que produzem, em média, 250 bezerros por ano, fruto de inseminação, te e fiv. Fêmeas que transmitem, ao rebanho, habilidade materna e rusticidade.

A seleção da Fazenda FSL Angus Itu teve início há dez anos. Começou adquirindo exemplares de importantes criatórios gaúchos e paulistas.

Depois investiu em melhoramento genético e alcançou a qualidade.

O FSL Brio é um touro de dois anos e com peso de mais de uma tonelada. Ele não está no campo porque participa de julgamentos em pista.

Mas na fazenda todos os animais são bem nutridos como o Brio, se alimentam exclusivamente a pasto e recebem suplementação a base de sal proteinado.

Na FSL Angus Itu a criação segue critérios rigorosos, principalmente com no desenvolvimento do machos.

– Aos 18 meses eles já passam por exames ultrassonográficos. Os machos são submetidos a esse exame e aqueles que não tem uma qualidade mínima de índices, para serem comercializados, são descartados – conta o veterinário.

A raça Angus é a mais testada em cruzamentos: as principais características de interesse econômico procuradas nos animais cruzados são fertilidade; peso ao desmame; ganho de peso e boa carcaça.

O Angus em cruzamento contribui com essas características, uma vez que elas são qualidades inerentes à raça e se manifestam tanto na variedade preta como na vermelha.

No cruzamento de Angus com diversas raças constatou-se aumento de 5 a 15% de heterose para peso ao desmame, o que destaca a maior habilidade materna da vaca cruza.

A produção de novilhos é largamente afetada pelo cruzamento e apresenta variações positivas de 4 a 15% no ganho de peso diário, de 0,5 a 3% no rendimento de carcaça fria, de 0,5 a 2% para os dados de tipificação de carcaça.

Com objetivo de desenvolver um bovino adaptado às várias condições de criação no Brasil, os cruzamentos entre a raça Angus e zebuínos, em especial o Nelore, revelaram características de rusticidade, com aproveitamento de forragem grosseira, resistências aos ectoparasitos, tolerância ao calor e longevidade.

Fonte: Canal Rural, via Zooflora

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